Missionário abandonado no Vale do Jequitinhonha ajudou a transformar a vida de muitas pessoas e sua história pode virar filme
Por Ananda Ribeiro / GNI
Fotos: Divulgação
Marco Antônio Pereira é um sonhador. Além disso, se apresenta como diretor de vídeo, jornalista, desenhista, produtor musical e missionário. Mineirinho de nascença, lá da cidade de Codisburgo – terra natal do escritor Guimarães Rosa, cuja população não alcança os nove mil habitantes, segundo o senso de 2010 -, ele não “come quieto”. Faz muito barulho através de seus projetos criativos com um intuito simples e comum a muitos jovens: mudar o mundo. É possível? Não se sabe. Mas ele tenta.
Entre seus projetos excepcionais, o mais recente é o de produzir um “Documentário na Amazônia”. O início das gravações está previsto para setembro deste ano. A ideia partiu do contato com outro missionário, chamado Ricardo, em uma viagem que fez ao Vale do Jequitinhonha, no início de 2015. “Quando ele (Ricardo) me contou sua história, senti uma convicção de que eu iria gravar um documentário sobre sua vida”, relatou o “multitarefas”. “Ele viveu histórias surpreendentes no Amazonas durante dez anos, depois de ser abandonado pelo seu parceiro em missões. Salvou vidas, estruturou oito igrejas e enviou jovens para estudarem no Paraná”. Marco deseja reportar esses fatos por um motivo bem simples: “Acredito que é uma história que o mundo precisa conhecer”.
Com a produção desse documentário, o artista deseja despertar o debate sobre como vivem muitos missionários – que costumam contar com ofertas financeiras ou de outro tipo para o sustento na missão – como são esquecidos ou negligenciados no campo de atuação. “Lógico que nem todos passam por isso”, ele afirmou, “mas é uma fatia muito grande ainda. Escuto histórias todos os dias que me cortam o coração”.
Para realizar esse projeto contando com uma equipe e equipamentos básicos, Marco precisa levantar uma verba mínima de cinco mil reais, o que é um orçamento bastante reduzido e econômico para sua pretensão. O dinheiro será gasto com passagem, alimentação e alguns equipamentos essenciais que lhe faltam como microfone, gravador, baterias extras, cartões de memória e tripé.
A luta para conseguir esse recurso está sendo feita através do sistema de “financiamento coletivo”. Ele disponibilizou um vídeo no endereço eletrônico ‘benfeitoria.com/docamazonas’ onde explica o projeto. Através do mesmo link, qualquer pessoa pode colaborar com o financiamento através de doações em diversos valores, sendo que cada valor corresponde a uma recompensa para o doador. A opção por esse sistema foi porque ele acredita muito na força do coletivo. “Isso faz com que eu me frustre todos os dias, mas ainda acredito e continuo chamando meus conhecidos para participarem do que faço. Além de eu tentar sempre somar com os projetos dos meus amigos”. O prazo para arrecadar o recurso através do site Benfeitoria é 27 de agosto, às 23h59. Se a meta for atingida até lá, Marco receberá o dinheiro do financiamento. Caso contrário, cada doador receberá sua parcela de volta.
Marco não sabe se conseguirá o dinheiro necessário. “Nem minha passagem consegui ainda”, ele disse. O jornalista gostaria de ter um assistente, mas também é acostumado a produzir sozinho. Caso não consiga todo o recurso necessário, isso não será um impedimento para esse sonhador. “Faz quase oito anos que produzo muita coisa em condições totalmente controvérsias. Não vai ser dessa vez que vou retroceder por um contratempo ou por não ter uma equipe”.
Além de planejar o Documentário na Amazônia, Marco Pereira está desenvolvendo outros dois projetos, a Oficina Móvel de Cinema e um projeto experimental de música, com o codinome de João Concliz – muito interessante por sinal. O jovem “realizador” já também dirigiu o longa-metragem “Sobre Nós” e “O horizonte”, editou dezenas de documentários, produziu duas web séries e vários videoclipes, dos quais destaca “Aurelina” – do já citado João Concliz -, que ganhou o prêmio de melhor videoclipe de 2014 no Festival de Santa Gertrudes-SP.
Para ajudar Marco a contar a história inusitada do missionário Ricardo, visite o site ‘benfeitoria.com/docamazonas’ – mencionado anteriormente -, conheça mais sobre o projeto e faça sua doação. Outra forma de ajudar é divulgando esse desafio para seus amigos, em suas redes sociais ou como puder. Uma história que “o mundo precisa conhecer”, é uma história que todos podem compartilhar.
Serviço:
Marco Antônio Pereira de Freitas Junior
Conta para doações: Banco do Brasil / Agência 1585-7 / CC21.383-7
E-mail: marcoantoniozero@gmail.com
facebook.com/osupermarco
Whatsapp: (31) 9304-5072